Os avanços tecnológicos trouxeram benefícios para diversos mercados, entre eles o da construção civil. São novos produtos, métodos e mecanismos que trazem eficácia, segurança, agilidade e sustentabilidade para o segmento e para as obras. Os painéis isotérmicos são exemplos atuais de como a modernização apresentou uma excelente solução para a questão de estoque e comercialização de produtos que precisam de atenção na variação térmica do ambiente.
Os painéis isotérmicos podem conter em seu núcleo basicamente de EPS – Poliestireno e de PIR – Poliisocianurato, envelopado por um material metálico, geralmente, de aço zincado e aço inoxidável, para não enferrujar. São ideais para câmaras frias, centros de distribuição, indústria de alimentos e bebidas, laticínios, divisórias, indústria farmacêutica, entre outros.
Quais os cuidados na hora de escolher painéis isotérmicos para câmaras frias?
A câmara fria tem como objetivo otimizar o armazenamento refrigerado de produtos, sendo importante para diversos segmentos do mercado, como o alimentício e o hospitalar. Elas diferenciam-se dos refrigeradores convencionais devido sua capacidade de armazenar grandes volumes e por, normalmente, oferecer um preciso controle de temperatura.
Para João Carlos Gabriel, professor de Engenharia Civil da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas, é preciso observar algumas propriedades do material na hora de escolher os painéis isotérmicos. Que são:
– Densidade
– Flamabilidade,
– Tensão à compressão,
– Resistência à flexão;
– Estabilidade térmica;
– Condutividade térmica;
– Ascensão capilar;
– Absorção de umidade;
– Dimensões;
– Custo.
Os resultados obtidos, por escolher um produto de alta qualidade, são a conservação adequada dos produtos em seu interior (alimentos, bebidas, fármacos, etc.), maior disponibilidade em pronta entrega para estocar e comercializar e redução do consumo de energia, o que a torna uma solução sustentável.
Para alcançar os objetivos desejados, é necessário dar grande atenção ao momento de instalação. Os painéis são práticos e fáceis de instalar, já que geralmente proporcionam com excelência a união entre os mesmos. Além disso, eles são modulares, possibilitando redimensionamento se necessário e economizando tempo.
O momento da instalação
Sobre a instalação dos painéis isotérmicos, Larissa de Oliveira Flaifel, mestre em Construção Civil pela UFSCar, destaca que existem controles básicos e gerais durante esse processo, especificamente quanto aos painéis industrializados com espuma rígida de poliuretano ou Poliisocianurato. São:
– Prumo dos painéis de parede;
– Esquadro da edificação;
– Alinhamento e nivelamento dos painéis;
– Encaixes painel/painel.
Ainda sobre a sequência executiva e instalação dos painéis, reforça-se a necessidade dela ser balizada por projeto delineado por profissional técnico habilitado. A própria referida normalização versa quanto à sequenciação de atividades para painéis de parede de câmaras frias:
– Verificar o posicionamento das longarinas para fixação dos painéis (conforme projeto);
– Aferir as medidas da câmara;
– Verificar o esquadro da câmara, demarcar o piso e fixar os perfis para posicionamento dos painéis de parede, atentando-se a detalhes do fabricante e/ou detalhes construtivos constantes em projeto;
– Iniciar a instalação posicionando o primeiro painel verticalmente aferindo seu prumo;
“Quanto ao acabamento dos painéis, este deve ser executado assegurando uma boa vedação impedindo, desta forma, trocas térmicas nas junções e/ou infiltrações, umidade etc”, explica Flaifel. No acabamento devem ser aplicados:
– Selantes;
– Barreira de vapor (conforme indicação específica em projeto);
– Espuma de poliuretano ou Poliisocianurato em cavidades consequentes da instalação;
– Perfis de acabamento.
O professor João Carlos alerta para os problemas de uma instalação mal feita. “A câmara não conserva a temperatura, e assim, consome-se mais energia. Provavelmente, em dias quentes, a temperatura não é conservada na câmara e os produtos podem deteriorar”, comenta.
Os painéis isotérmicos, além de proporcionar o conforto térmico necessário aos ambientes, são de rápida instalação, econômicos e ainda são de material sustentável. Por esses motivos, estão se tornando uma opção cada vez mais viável nos projetos de engenheiros e arquitetos em diversos segmentos.
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